Tudo que você precisa saber sobre a anatomia dos pés

Eles são essenciais para nos movimentarmos e suportam toda a carga do nosso corpo. Os pés, grandes protagonistas em muitas situações no dia a dia, são o foco deste post! 

Embora pareçam pequenos em comparação à dimensão de outras partes do corpo humano, estes membros são estruturas complexas, formadas por diversos elementos. Conforme o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), a anatomia do pé é composta de ossos, músculos, nervos, articulações, tendões e sistema circulatório.

Claro que estamos falando somente no que há por dentro. Na parte externa, somam-se ainda a pele e seus anexos, os pelos, as unhas e as glândulas sebáceas e sudoríparas. 

O papel dos ossos

De acordo com estudos do Senai, o fator mais relevante entre todos os conjuntos que formam o pé é a estrutura óssea. Ela se divide em tarso, metatarso e dedos, englobando um total de 26 ossos – todos eles essenciais para a sustentação e o equilíbrio do corpo.

O tarso ou retropé fica na região posterior. Seu principal osso é o calcâneo, que atua no equilíbrio e estabilização do corpo estático, além de receber o primeiro impacto do peso nos movimentos. 

Acima dele fica o talo que liga o pé à ossatura da perna. Já o combo formado por astrágalo, navicular, cuboide e cuneiformes (três, no total), conectam o tarso ao metatarso. E isso é só o começo!

O segundo grupo é dos cinco metatarseanos – que compõem o metatarso ou mediopé. Situados no meio do pé, eles ligam as partes anterior e posterior. Os três primeiros se articulam com os cuneiformes. Já os demais, estão ligados ao cuboide. 

Ao mesmo tempo, todos eles são conectados aos dedos (e é nestes ossos que está a raiz dos incômodos joanetes).

No antepé ou dedos, são 14 ossos e dois sesamoides (pequenos nódulos ossificados localizados nos tendões, que fazem as vezes de “carretilhas” na hora do movimento). Cada um dos dedos conta com três falanges, com exceção do dedão, que tem apenas duas. Elas ajudam os metatarsos na dinâmica da mobilidade.

Inúmeros arcos

Amortecedores naturais, são os arcos que absorvem os impactos da pisada. Em uma complexa combinação de ligamentos e músculos, estas estruturas elásticas estão presente nos sentidos do comprimento e largura dos pés, em número ainda indeterminado em caráter de consenso pela ciência. Isso porque, além dos cinco convexos longitudinais (do calcâneo à parte anterior), há diversos outros, com formato discutível, segundo o SBRT, na transversal.

Tipos de pé

Entre os diversos fatores que podem definir os tipos de pé, o arco plantar longitudinal ganha destaque, de acordo com o SBRT. Em um processo semelhante à leitura da impressão digital nos dedos das mãos, a impressão plantar pode caracterizar cada membro, conforme seu biotipo. 

No entanto, a entidade salienta que, em casos de deformações ou problemas ocasionados pela falta de ajuste no calce, esta classificação pode ser alterada. A seguir, veja os tipos mais comuns, de pés, seguindo os padrões de arco plantar.

Pé com arco alto: quando a estrutura é arqueada, com apoio apenas no calcanhar, metatarso e dedos.

Pé com arco médio (considerado “normal”): a estrutura é arqueada, mas o apoio avança até a borda externa do pé, no meio da planta.

Pé com arco baixo (o popular pé chato): o apoio envolve quase toda a planta do pé, com dorso baixo.